Todas as histórias apresentadas aqui são reais, foram gravadas ANTES da pandemia e de autoria dos próprios protagonistas.
Em 2018 eu tinha subido para o Nordeste. Tinha carregado em Feira de Santana (BA) e estava vindo para Porto Alegre (RS), quando aconteceu aquela grande paralisação. Então, precisei ficar parado alguns dias para poder descarregar e voltar para casa.
As minhas viagens costumam durar em médio 25 dias. Naquela vez, demorei 10 dias a mais que o costume. Quando cheguei, o pessoal estava me aguardando.
Aqueles eram todos meus familiares. A gente mora próximo, então estavam ali a minha esposa, as minhas filhas, meu cunhado, meu sobrinho... também estava a minha sogra que hoje é falecida. Era toda a minha família que estava me aguardando. Somos parentes e vizinhos.
Foi um momento muito gratificante! A gente vai longe para buscar o pão de cada dia. Eu não esperava essa recepção tão calorosa. Foi muito bom e muito emocionante.
Há mais de 20 anos trabalhando com caminhões, Gilmar da Silveira Dutra, gaúcho de Erechim (RS), fala sobre a sua trajetória de viagens por todo o Brasil e o amor pela profissão:
Como a profissão de caminhoneiro surgiu na sua vida?
Entrei na empresa que trabalho hoje quando tinha 14 anos. Trabalhava na produção de móveis. Depois que me cumpri o serviço militar, meu patrão me deu uma nova oportunidade, dessa vez dirigindo o caminhão. E assim, ganhei a estrada e percorri todo o Brasil.
Quais são os maiores desafios que você encontra na estrada?
A estrada tem vários perigos, acidentes de trânsito, assaltos… toda profissão tem os seu riscos.
O que mais encanta na profissão?
É a oportunidade de ir a vários lugares, de conhecer o Brasil.
Você trocaria a profissão de caminhoneiro, se tivesse oportunidade?
Eu gosto. Amo muito o que eu faço, não trocaria de profissão. No momento, estou de férias e já estou com saudades da estrada. Eu amo muito o que eu faço.